Já ali não estavas. Quando te pedi já
nunca tinhas existido; nem eu nem a rocha
na pequena praia onde estivéramos. Depois
foram todos os nomes do corpo: eu tentava
mas não conseguia reuni-los. Ficariam
como os pedaços daquele vaso que não se pode
reconstruir todo porque é menor que as suas
partes. E depois foram desaparecendo, levando-me
o próprio nome e a fala do mundo.
Já não existiam nem eu existia já.
Já nunca tínhamos existido agora.
dezembro 12, 2007
De Évora saem poetas assim....
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1 comentário:
"Não sei que tenho em Évora, que de Évora me estou lembrando..." :)
Não sei que comente. Se a tua "entrada", se o poema lindo que quiseste partilhar.
Parabéns ao autor e ao teu belíssimo bom gosto.
Deixo um poema de um outro eborense, escrito a pensar nesta bela cidade.
Cidade Minha Namorada
No largo encontro marcado.
Firme, por ti esperava,
Por mais voltas que desse,
Becos, sugestivas travessas,
Carícias, recordações vividas
Que, d’tudo me lembrara.
À , a teus encantos rendido,
Dentro de ti rodopiara,
Dei voltas e mais voltas.
Sinuosas ruas, curvilíneas.
Terno e esperado convite
Q’nos teus braços m’deliciara.
Companheira d’uma vida
Sempre contigo dançara,
Volta e meia, meia volta,
Redondas praças, perfeitas.
Breve, fogosa aventura.
Louco! Tua boca beijara.
Perdido p’los teus amores
Só em ti m’encontrara.
As voltas que o mundo dá!
A uma deusa dedicaram
Depois disseram que não
Quem não, n’teu Templo rezara!
Júlio Amaral
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